terça-feira, 8 de outubro de 2013

A chama, embora menos flamejante, nunca se apaga

Não é mesmo fácil. Após um início de campeonato empolgante, conquistar 1 ponto em 15 disputados, sendo que 12 deles foram jogados em casa, é um balde de água fria em qualquer um. Não condeno, portanto, quem terminou as últimas duas ou três pelejas em depressão e se questionando sobre o sentido da vida – até porque ocorreu o mesmo comigo. Perder um pouco da confiança é natural, mas não torcer é antialvinegro.

Passei os últimos dois dias pensando no que escrever para este modesto espaço. Ainda não sei bem, visto que não sei bem nem mesmo o que pensar sobre nosso Glorioso. Resta-me, por conseguinte, colocar nas letras a chama que, posto que menos flamejante, permanece acesa – e sempre permanecerá.

Nosso time é o mesmo. O mesmo que chegou ao G4 e acumulou uma gordura que nos dá ao luxo de tropeçar até mesmo no lanterna do campeonato na próxima rodada. Não há, assim, motivo para desacreditar por completo no reajuste nos trilhos. O treinador também é o mesmo, embora com o coração baqueado na última partida; o mesmo que fez milagres, com o plantel perdendo uma importante peça a cada fim de semana. Se, por um lado, não há explicações claras para a queda de produção, por outro também não há para a impossibilidade de recuperação.

Ademais, não somos só nos que tropeçamos. Há um batalhão logo atrás (e bem atrás, ainda que tenhamos decepcionado cinco vezes seguidas – que mau campeonato, hein?) que também parece fazer força para ficar no meio da tabela. Com exceção de Cruzeiro, e talvez de Grêmio – que também tropeçou mas agora se recupera (por que não nós também?) –, não há nenhum outro clube com desempenho muito regular no Brasileirão 2013.

E, ainda que os argumentos racionais não sejam muitos, como considero notório o espaço de torcedor que este blog é, precisamos pensar (com o coração): se o Botafogo voltar a vencer, se firmar no G4 e, daqui a algumas rodadas, confirmar a classificação para a Libertadores, você deixará de comemorar e aplaudir o atual elenco? Não, certamente não. Não é digno, destarte, largar tudo agora, reclamar e dar as costas, chorar e dormir, tirar a camisa e não recolocá-la a cada batalha. Mais uma vez, não podemos ser covardes. Ainda que a confiança não seja a mesma, ainda que não haja grande otimismo no início de cada jogo, é impossível, para os reais botafoguenses, deixar de torcer, sofrer e vidrar os olhos no campo ou na TV aguardando algum tento. Jamais deixará, aquele que realmente tem uma Estrela batendo no lugar do coração, de sentir sua alma penetrando no relvado alheio e isolando uma ofensiva adversária quando nosso herói de cada jogo estiver em campo. Será sempre o Botafogo nosso imenso prazer, nosso sofrimento, nossa alegria, nossa tristeza, nossa saúde, nossa doença, perdendo para ninguém ou tropeçando em... ninguém, ainda que em "alguém".

Amanhã, quarta-feira, 9 de outubro de 2013, às 21:50, estarei, embora desconfiante, torcendo e empurrando com a voz e com o coração meu alvinegro, conduzido pela Estrela Solitária, rumo à Libertadores 2013. A torcida merece, o elenco merece, a comissão técnica merece... a diretoria e o departamento de futebol não, mas o Botafogo é muito maior do que meia dúzia de incompetentes.


Vinícius Franco

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Keep walking

Não teria sido tão frustrante se o Botafogo não tivesse sido tão patético nas duas partidas anteriores. Além disso, o empate diante do Fluminense mostrou também que o time, apesar de ter melhorado um pouco, continua sem dominar e ameaçar o adversário, como fazia há poucas semanas. Uma queda de produção que ainda permanece, mas que não pode servir de fator para desânimo da torcida e muito menos do time.

O que parece necessário no momento é que Oswaldo, que foi um dos principais responsáveis por chegarmos ao G4, “reinvente” a postura do time. E o que preocupa é a impressão de que o treinador Glorioso ainda não sabe muito bem como fazê-lo: ontem, contra o Flu, Gilberto foi colocado no lugar de Henrique, fazendo com que o time tivesse três laterais de ofício em campo, além de ter retirado um atacante (o outro era Rafael Marques, que até então jogava como meia ofensivo) quando precisávamos de... gol. Não sei se foi o nervosismo do jogo que bloqueou minha visão, mas até agora não entendi o objetivo da entrada de Gilberto. De nada adiantou.

Além disso, alguns jogadores fundamentais, como Seedorf, Lodeiro e Rafael Marquem, precisam também se relembrar de como chutar a gol e dar assistências – ou, no mínimo, bons passes. Nosso craque holandês até que foi bem no “Clássico Vovô”, passando bem e sendo uma cabeça lúcida no meio-de-campo, mas o uruguaio continua errando até o próprio nome, e o herói dos clássicos passa apagado ofensivamente, malgrado toda a vontade demonstrada. 

Octávio, quase no fim da peleja, entrou no lugar de Lodeiro, e perdeu uma boa oportunidade de finalizar com perigo. Entretanto, a chuva de críticas feita ontem é extremamente injusta, uma vez que o jovem meia já demonstrou ter qualidade técnica. Obviamente, Octávio precisa ser um pouco mais “malandro” e ágil, mas não dá para fazer acusações depreciativas sobre um jovem jogador que, após a partida, vai até o Twitter e pede desculpas à torcida. Caráter, respeito pela torcida e honra à camisa ele mostrou que tem, além de reconhecer seu erro. O Botafogo não venceu porque desde o início não foi criativo e nem incisivo. Se não é para apoiar, deixem o garoto em paz! Não copiemos uma torcida “coirmã” que queima seus jovens valores por eles não se revelarem salvadores em momentos ruins. Burros são os outros, não nós!

Sobre o desânimo da nossa torcida e sobre as alegações da mídia no sentido de Botafogo e Flu viverem momentos opostos no campeonato: vivemos mesmo! Eles saíram do estádio cantando, comemorando o empate, e hoje há vários tricolores uniformizados nas ruas. Nós reclamamos e estamos insatisfeitos com o resultado, preocupados com a classificação para a Libertadores. Vivemos mesmo momentos opostos! Há os que pensam grande e os de "espírito C".

A cada tropeço em time mais ou menos, como nas últimas três rodadas, cresce nossa preocupação. Mas ainda dá, ainda é possível! Restam 13 rodadas – ou seja, 39 pontos em jogo – e estamos 6 pontos à frente do primeiro time fora do G4. O Grêmio, que nos ultrapassou e agora é segundo colocado, também tropeçou algumas vezes há pouco tempo. E se recuperou, e está na vice-liderança. Por que eles sim e não nós? A pergunta não é aos outros, e sim a nós mesmos, botafoguenses: desanimar e perder a fé não é opção, não faz sentido, não faz bem, não leva a nada, não é Botafogo 2013. Se há poucas rodadas o time se recusava a entrar em crise e agora coloca tal recusa em dúvida, recusemo-nos nós! 

Para cima do Grêmio no Maracanã, sábado, às 18:30. Jogo de 6 pontos. Jogo de torcedor de verdade. Jogo do Botafogo e para botafoguense de coração. Estejamos #unidos pelo que for, até o fim!

E lembrem-se também: estamos vivos na Copa do Brasil...


Vinícius Franco

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estrela Solitária contra as nuvens

Escrevo aqui bem esporadicamente, naquelas épocas em que sinto que muito é dito, e ao mesmo tempo muito pouco ("fala demais por não ter nada a dizer...", diria Renato Russo). Não que me ache especial ou superior, mas preciso expressar-me.

Há três rodadas, o Botafogo de Futebol e Regatas era o segundo melhor time na tabela do Campeonato Brasileiro e considerado candidato ao título. Um jogo, contra o líder, mudou a ideia de alguns: 3x0 não é qualquer coisa. Contudo, muitos ainda entenderam que era apenas uma peleja em território alheio, em que não conseguimos construir nossas trincheiras, e fomos bombardeados. Sem desespero: no primeiro turno, o mesmo time que agora nos venceu havia nos visto levar os três pontos – 2 a 1, em Volta Redonda, e eu estava presente torcendo (leia-se sofrendo – como suamos!).

Após a derrota merecida – não obstante o placar exagerado – diante do primeiro colocado, teríamos dois jogos, em tese, tranquilos. Os dois adversários – em tese e na prática – seriam fracos: Bahia, nem lá nem cá, e Ponte Preta, bem lá (embaixo). Dentro dos gramados, no entanto, os 180 minutos revelaram um Botafogo perdido, sem energia, sem gana, sem criatividade, sem futebol, sem o Botafogo dos 9 meses anteriores, sem nada. Duas derrotas em jogos que, inicialmente, nos dariam 6 pontos garantidos, o que faria com que o líder não se distanciasse como fez (11 pontos a nossa frente) e nem que nossa batalha pela vaga na Libertadores ficasse psicologicamente abalada. E diante da própria torcida.

Duros golpes, de fato. Três derrotas seguidas servem de contestação para quem briga pelo título e até mesmo pela Libertadores. Nossa visão, entretanto, apesar de justificadamente baqueada, deve recuperar-se e entender que desanimar agora é errado – emocional e matematicamente.

Há poucas rodadas, este mesmo Botafogo era conhecido como "o time que se recusa a entrar em crise". Salários atrasados, estádio saqueado, importantes peças transferidas a tabuleiros estrangeiros, enfim, inúmeros fatores que levariam qualquer co-irmão à zona de rebaixamento nos deixaram na liderança ou na cola dela, além de não ter nos impedido de levantar a taça de melhor time do Rio de Janeiro com uma folga poucas vezes vista. O time se reinventava; Oswaldo de Oliveira, ainda que após um tempo, mostrava que suas apostas sempre davam certo; tudo, ainda que no mais típico sofrimento botafoguense, dava certo. A Estrela Solitária nos conduzia à glória mesmo sob forte chuva de meteoros. Conduzia?

Nuvens parecem ter se formado sob o teto de General Severiano após as três derrotas, duas das quais patéticas sob o aspecto da postura do time. Mas será mesmo que não podemos continuar acreditando nesse time que por tantas vezes já se mostrou herói? Não podemos desafiar a tempestade que parecer estar se formando para continuarmos caminhando na estrada dos louros? Não há um facho de luz? Há, e é o mesmo que nos permitiu acumular 42 pontos, nos deixando no G4, agora na 3ª colocação (empatado com o 2º), e nos pode fazer acreditar que não há nuvens que afastem o brilho de nossa Estrela. Se para o título, não sei: o Cruzeiro abriu uma grande vantagem e demonstra uma regularidade em sua campanha apenas comparável à do Náutico. Mas nosso objetivo no início do campeonato era a Libertadores, e estamos mais do que vivos para realizá-lo.

Ademais, do que podemos chamar nossas vitórias contra Atlético Mineiro, na Copa do Brasil, após ver o nossos maior freguês abrindo 1 a 0 em pleno Maracanã? Como podemos ver a vitória sobre o Criciúma, em Santa Catarina, com gol de voleio do Elias no último minuto – aquele mesmo último minuto que tanto nos castigou? O que foi o gol de Hyuri no final do jogo contra o Corinthians, após enfiada seedórfica de Edílson?

Em suma, como devemos encarar um time que, internamente, neste ano apanhou mais do que manifestante frente à polícia, mas que em campo levantou uma taça e se mantém na briga por outras duas?

Desanimar não é opção. Retirar o apoio não é opção. Vaiar não é opção. Se somos Botafogo, devemos estender as mãos quando o time tropeçar, porque se esse esquadrão é o mesmo que se negou a entrar em crise quando não se poderia exigir o contrário, nós, torcedores, que dizemos amar, iremos nos acovardar?

Amanhã, quarta-feira, às 21h, temos um clássico no Maracanã. O adversário é um que já cansou de saber o que é ver a Estrela Solitária brilhando e afastando todas as nuvens em 2013. Os que podem têm, no mínimo, obrigação de ir ao Maracanã – e apoiar do início ao fim. Os que não podem ir têm o dever de contagiar toda a torcida, vestir a camisa, sair nas ruas e mostrar ao Brasil que estamos vivos. Que o Botafogo é e há de ser nosso imenso prazer. Amanhã e em todas as rodadas restantes. Retroceder e render-se, jamais!

Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
(Legião Urbana - Metal Contra As Nuvens)

Vinícius Franco

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Inabalado!

Depois de muito tempo sem escrever nada neste espaço ─ graças à faculdade! ─, retorno para, após dois episódios um pouco preocupantes (para alguns), afirmar minha confiança nesse time: inabalada!

No último domingo, 25 de agosto, quando se encontrava na segunda colocação do Brasileirão, com 29 pontos, dependendo apenas de si próprio para voltar à liderança, o Botafogo foi até o Paraná enfrentar o Atlético Paranaense ─ no G4 ao fim da rodada ─ na Vila Capanema. Jogo complicado de forma anunciada, o adversário também briga pelas primeira posições do campeonato, e os anúncios se confirmaram na prática: derrota por 2 a 0. A quinta derrota do Glorioso no ano (!), a primeira por uma diferença de dois gols (!). Com o tropeço (?), o alvinegro ficou na segunda colocação, à qual desceu após a vitória do Cruzeiro no dia anterior.

As principais "coçadas de cabeça" causadas pela derrota, entretanto, vieram da forma pela qual o Botafogo perdeu a partida: o adversário a dominou completamente, tendo o alvinegro pouco esboçado qualquer reação. A Estrela Solitária estava completamente ofuscada na noite curitibana, mesmo com Seedorf em campo. Dia em que todos jogaram mal ─ menos Jefferson, que vive uma "boa fase" desde 2009. Fase?

Com a vitória soberana do adversário, um, até o momento, concorrente direto, alguns botafoguenses começaram a se preocupar... afinal, os traumas dos últimos anos vêm a tona diante de qualquer derrota incontestável em meio a uma boa fase do time. Preocupação injustificável, no entanto. É preciso pensarmos que pedimos há tempos um time com postura diferente, com mentalidade diversa daquela que os times dos traumáticos anos anteriores demonstravam. Cobrança justa, necessária, mas hipócrita se os próprios torcedores continuarem com uma mentalidade derrotista e excessivamente supersticiosa. Apesar de torcida significar preponderantemente paixão, e muito menos razão, é preciso analisar um pouco mais objetivamente os fatos: o Botafogo continua no G4 (ou, pra ser mais otimista, no G2), jogou fora de casa contra um forte adversário, vinha de uma belíssima vitória contra o campeão da Libertadores e tem um time que já demonstrou, por diversas vezes, não ter uma mentalidade fraca ─ não obstante os empates no apagar das luzes, que tomaram 6 pontos que agora fazem falta.

Desespero? Só mesmo com botafoguenses que podem ir ao Maracanã e dizem que vão somente se o time passar de fase na Copa do Brasil. Por favor, virem a casaca! O Botafogo não precisa de torcedor de vitória, e sim de botafoguense de coração.

Não há motivo tão grande para preocupações com o fato de Jefferson não poder enfrentar o São Paulo, na próxima rodada, devido ao terceiro amarelo: se estaremos com um importante desfalque, o adversário também estará ─ e pior, com dois ─: Luís Fabiano e Aloísio não estarão disponíveis. Renan, apesar de às vezes testar cardíaco, pode fazer um bom jogo, e teremos "na linha" nosso time completo. Exceto por...

Vitinho. Botafoguenses foram fortemente surpreendidos na noite de ontem, 26 de agosto de 2013, com a venda da jovem revelação Gloriosa. Estava eu tranquilamente olhando meu Facebook pelo celular, passando tediosamente pelas atualizações, quando, de repente, leio a notícia, acreditando, inicialmente, ser pegadinha... Mas aí clico no link do GloboEsporte, e vejo que não aparece o Sérgio Mallandro. Era verdade. A poucos dias do fim do fechamento da janela de transferências, o CSKA, da Rússia, desembolsará o equivalente a cerca de 31 milhões de reais para levar aquele que já era chamado de "melhor do que Neymar". Dos 31 milhões, cerca de 18 ficam com o Botafogo... "ficam", porque já há pedido de bloqueio da grana, para saldar as dívidas do clube. Duplamente trágico. Tão trágico assim?

Trágico, mas vamos com calma. É mesmo revoltante ver que a diretoria do Botafogo não pôde fazer muito diante do caso. Não pôde agora, mas não podia ter feito mais para prevenir? Podia. E agora, não restou alternativa. Perdemos um jovem craque, que vinha decidindo várias partidas. A bronca com a diretoria, portanto, é procedente. A perda de fé no time, que vi em vários botafoguenses, não. Precisarei pedir de novo para que virem a casaca?

Vale lembrarmos que antes da saída do Fellype Gabriel, Vitinho não era titular. Entrava vez ou outra, jogava bem e estressava também ("toca a bola!"), mas sem uma significativa presença nos jogos. Depois que o polivalente meia se foi, o jovem atacante assumiu a titularidade, e foi além: assumiu o posto de craque do time, por vezes ofuscando as boas partidas do maestro Seedorf. Caiu como uma luva no esquema de Oswaldo de Oliveira. Decidiu inúmeras partidas a nosso favor (adicionei "a nosso favor" porque me lembrei de André Bahia...). Fará falta? Fará. Mas o esquema se quebrará? O time cairá significativamente de produção? Não dá para afirmar nada com certeza, mas não há motivo para grande pessimismo. Ressalte-se, mais uma vez, que até pouco tempo atrás Vitinho era reserva, e o time funcionava muito bem. Sim, com outro grande jogador, Fellype. Mas por que outro jogador que execute a função tão bem quanto os dois citados não pode sair da reserva? Não é preciso procurar um novo Vitinho ou novo Fellype Gabriel entre os suplentes, até porque aqueles têm características diferentes, e puderam ajudar diferente e brilhantemente o time. Por que Elias, Alex, Sassá, Henrique, Bruno Mendes, Hiury ou outro não poderá, também, colaborar significativamente com o time? Poderá, mas o pessimismo de alguns não permite ver isto. Elias já mostrou inúmeras vezes o quanto é decisivo; Alex é um grande valor jovem de nossa equipe; Sassá é mestre em balançar as redes (alô, molambada!); Henrique ainda não mostrou o talento exibido na seleção brasileira sub-20, mas quem sabe tendo oportunidades?; Bruno Mendes pode voltar à fase de 2012, por que não?; Hiury chegou agora, não o conheço, mas, por que não? Botafoguense de coração ele é... (muito mais do que alguns torcedores pessimistas de carteirinha)

Portanto, Gloriosos pacientes que conseguiram ler qualquer-coisa até aqui, menos pessimismo, mais espírito de torcedor. A derrota para o Atlético Paranaense não abala o time em nada. Nem a saída de Vitinho. Este episódio pode ser até mesmo mais impactante, o substituto pode não desenvolver a função em campo tão rapidamente (mas pode também!), porém não há motivos para desespero. O Botafogo já perdeu jogos bobos no ano, já empatou outros revoltantemente, já perdeu importantes jogadores, mas o time continua brigando pela Copa do Brasil e pelas cabeças do Brasileiro.

Momentos ruins nós já vivemos, e já nos recuperamos... você vai parar de cantar e deixar o FOGO no peito se apagar? Eu não!

Para cima do Atlético Mineiro, lá em Minas, rumo à classificação! E para cima do São Paulo, no Maraca, no próximo domingo, rumo a mais uma vitória! #UnidosPelosTítulos

domingo, 6 de janeiro de 2013

O time ideal para 2013 e o que deve estrear no Carioca contra o Duque de Caxias

Nosso Glorioso, após algumas contratações e outras vendas, parece já ter seu elenco quase pronto para 2013 ─ ou ao menos para o Campeonato Carioca. Faltam só algumas definições, como alguns atletas que estão na lista de negociáveis ─ sobre os quais falarei brevemente no fim do texto ─ e outros que estão perto de assinar.

Dentre as peças já confirmadas, escalei o time fazendo um misto do que eu penso ser o ideal e do que o treinador Oswaldo de Oliveira já demonstrou ser o que prefere em 2012. Primeiro, a formação que deve se confirmar ao longo da temporada (caso o departamento médico e a Juventus de Turim permitam, se é que vocês me entendem).


Para o gol, obviamente, não há o que discutir: Jefferson, o melhor goleiro do Brasil, é nosso titular. 

Na lateral-direita, Lucas, que demonstrou ser um ótimo apoiador no ano passado, apesar de algumas pontuais falhas defensivas. Na esquerda, mesmo com bons (mas esporádicos) jogos de Lima no ano passado e com a chegada de Júlio César (ex-Grêmio), não acredito que Márcio Azevedo irá para a reserva. É um ótimo apoiador, cruza bem e, quando não tira um jogo para deixar uma avenida em seu lado, é um leão na marcação.

Na zaga, caso Dória ─ que está servindo a Seleção Brasileira Sub-20 ─ não seja negociado com a Juventus, sem dúvidas será titular, mesmo com a chegada de Rodrigo Defendi (ex-Vitória de Guimarães), que, creio, também não tirará a vaga do sólido (apesar de nem tanto) Antônio Carlos. A questão da entrada ou não de Defendi no time, na verdade, me parece uma incógnita, visto que o jogador passou por vários importantes clubes europeus como uma grande promessa, mas na última temporada estava no modesto Vitória de Guimarães, de Portugal. É preciso ver como entrará no time. Por enquanto, permaneço com os titulares do fim de 2012.

As maiores complicações para escalar o time, a meu ver, se encontrarão no meio, a começar pelos dois volantes. A briga é grande: Gabriel, Jadson, Lucas Zen, Marcelo Mattos, Renato e ainda Rodrigo Dantas e Fabiano, que correm (muito) por fora. Acredito que Jadson, que fez um ótimo 2012 ─ tanto que foi convocado para defender a Seleção Brasileira no Mundial Sub-20 ─ será titular, ao lado de Marcelo Mattos, caso suas condições físicas permitam. Renato também é um grande volante, mas terminou a última temporada num nível mais baixo do que se espera. Com isso, se Mattos se recuperar, deverá ganhar sua vaga. Se nenhum dos dois estiver bem, Gabriel, outra ótima revelação do ano que passou, é um ótimo candidato, porém muito jovem. Lucas Zen segue se recuperando de grave lesão.

A dificuldade de escalar o time permanece, e até mesmo aumenta, com os três meias de ligação. Ou pelo menos com dois deles, já que Seedorf, indubitavelmente, é titular. Fellype Gabriel não jogou tantas vezes em 2012 quanto se esperava, mas, quando entrou, fez o coração dos alvinegros bater mais rapidamente ─ acompanhado de sorrisos, e não de mãos arrancando os cabelos de raiva. É um dos favoritos de Oswaldo Oliveira e merece a titularidade. O problema de sacramentar sua vaga no onze inicial é que ainda há Andrezinho e Lodeiro. O uruguaio terminou o ano voando, à frente de Andrezinho, mas este já mostrou sua qualidade amiúde. Prefiro não sacramentar o dono da vaga de titular. Com as ótimas peças que temos para o meio-de-campo, a camisa com o escudo mais lindo do mundo estará muito bem defendida com quaisquer deles em campo.

Por fim, para o ataque, mesmo com as chegadas de Henrique (ex-Sport) e Anderson Aquino (ex-Coritiba), já que Oswaldo prefere jogar com um único homem avançado, ainda acho que Bruno Mendes é o indicado para colocar as bolas no fundo das redes adversárias.

No entanto, não é este o time que começará oficialmente a temporada, dia 20/01, contra o Duque de Caxias, às 19:30, no Engenhão. Dória, Jadson e Bruno Mendes estão servindo a Seleção Brasileira Sub-20,  além de Marcelo Mattos ainda ter sua situação física incerta.

Diante disso, resolvi escalar também o time que, ao que imagino, deverá estrear no Campeonato Carioca de 2013.



Diferentemente da equipe que considero a ideal para a temporada, no próximo dia 20 deveremos ter Rodrigo Defendi como titular na defesa ─ apesar de, como eu disse, o atual nível de seu futebol ainda ser uma incógnita, o que fará com que eu não me espante se André Bahia, outra interrogação, começar jogando. Na cabeça-de-área, creio que Renato e Gabriel serão as melhores opções. Já no ataque, acredito que Henrique, artilheiro e Bola de Ouro do último Mundial Sub-20, a priori, vencerá a disputa da vaga de titular com Anderson Aquino, outro bom atacante, proveniente do Coritiba.



POR QUE NÃO OUTROS?



Você pode estar se perguntando por que não citei nomes como Abreu, Elkeson, Brinner, Vítor Júnior, Jobson e Fábio Ferreira. A resposta é simples: alguns já se transferiram e outros ainda sairão. Já partiram na barca: Elkeson, para o Guanghzou Evergrande (China); Vítor Júnior, que volta de empréstimo para o Corinthians; e Brinner, emprestado ao Bahia. Já Abreu e Jobson estão perto de acertar com Nacional (Uruguai) e São Caetano, respectivamente. Fábio Ferreira, para o bem de todos e felicidade geral da nação alvinegra, pediu para ser liberado, mas ainda não está definido para onde vai.


Você pode ter se perguntado também por que eu nem citei Rafael Marques. Na verdade, se você se perguntou isso, peço-lhe uma coisa: deixa de torcer para o Botafogo. Mas, falando sério, mais uma feliz notícia recebida há pouco é que o... o... o... (ele joga de quê? ele joga?)... ele pode negociar sua ida para o Guarani. Que vá com todos os deuses possíveis.

Para finalizar este testamento, vale mencionar a vinda de André Bahia, zagueiro do Samsunspor (Turquia), perto de ser sacramentada. Creio que ele, porém, vem para ser reserva de Antônio Carlos e Dória, disputando a vaga de "primeiro suplente" com Rodrigo Defendi.


Vinícius Franco
botafoguense e colunista do Canal #Sports